sábado, 18 de julho de 2009

Dúvida no que vestir, certeza no que falar

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No primeiro contato com Rose é a sua elegância que fala mais alto. Até mesmo grita, apesar de não ser muito chique aumentar o tom. Quem não transa Rose, seja por falta de oportunidade ou porque não se sente confortável com a sinceridade nua, vai ter que admitir que o sapato dela é um "escândalo", que a blusinha é "lindíssima" , que a calça tem o corte perfeito e que você precisa saber urgentemente onde ela comprou aquela bolsa. E as chances de ser de uma grife em São Paulo não são nada remotas. Morra de inveja.

Aí você tem duas opções: ou virá leitor (a) assíduo (a) do blog "Barbarella Moderna" e/ou dá 5 minutos de conversa. Caso tenha escolhido esta última, tome cuidado para não ficar chocado. Além de ter convicção em tudo que diz, ela não aceita tentativas de mudar seu pensamento, mas respeita a opinião alheia. Você pode ter vontade de dar "bom dia, Rose" e só. Ou vai pedir para ela lhe adicionar no MSN, no Orkut e seguí-la no Twitter. Isso se chama vício. E aconteceu porque ela lhe chamou de "fofo (a)" e abriu o sorriso de moleca.

Rose tem um problema sério, fica estressada fácil. Ela agarra "ódio" de tudo que for feito com descuido, maldade e incompetência. Já teve dia em que eu quase ligo para o médico psiquiatra porque achei que a mulher daria um "treco". Aí digo que ela está muita "nervosinha" e faço achar graça em tudo que aconteceu. Às vezes acho que eu merecia uma indicação ao Nobel por conviver com Rose. Mais ainda: eu seria capaz de levar a paz ao Oriente Médio com meu poder pacificador. No entanto, há recompensa. Ela é uma mulher disposta a compartilhar tudo que sabe. Jamais imaginei que eu pudesse assumir responsabilidades se não fosse a segurança que conquistei por trabalhar ao lado dela. O mundo pode desabar que Rose é forte. Ela vai ficar muito chata, mas coloca tudo nos eixos. Vai chegar a hora em que vai desabar, até chorar. É quando ela descobre que é humana e que pessoas de "aço", só na ficção.

Por falar em ficção, Eu e Rose somos as pessoas mais contraditórias que se pode imaginar. A Física já citava a nossa amizade. Enquanto eu sou subjetividade, sensibilidade; ela é bastante pragmática. Mas é possível injetar doses da alma do artista no general de saia. Assim como ganho alfinetadas pelo meu perfeccionismo e lirismo exacerbado. Juntos, mantemos o equilíbrio e seguimos o roteiro de um longa metragem, tão comédia quanto dramático.

Quando Rose decidiu ter um blog eu fiquei em dúvida da sua longevidade. Não achava possível tantos assuntos no universo da moda. Venci o preconceito. Porém faltava um toque para colorir as ideias da blogueira. Foi então que resolvi fazer o layout. E olha que eu só me meto a usar programas de imagem para aquilo que eu me identifico, se não com a moda, mas com a Rose. E não foi difícil decidir um design com a cara de quem eu conheço tanto (sem levar em consideração o fator tempo). Agora até postar nele eu o fiz. É isso que dá confiar a senha para qualquer pessoa (rsrs).

Por fim, é hora de felicitá-la por este dia. O meu "nariz de cera" foi o maior da história. É que eu queria provar que a sua presença na minha vida vai além da data. Passaria horas aqui escrevendo sobre Rose, mas preciso ter respeito pelos leitores que não são meus e devem ter o mínimo do pragmatismo da "mestra".

A foto escolhida é do nosso matrimônio. Apesar da cerimônia de mentirinha, o casamento (no sentido mais puro da palavra) é de verdade. Entre botas, lenços e belos chapéus, eu conheci a mulher inteligente, decidida e muito fofa. A sua força não tem nada de bruta. É uma verdadeira Pagu de salto alto.

E para quem não quer perder a viagem, lá vai a dica fashion do dia: Nunca pergunte quantas primaveras tem uma Rose.

Feliz aniversário!
Do amigo, Egberto Siqueira